29.3.10

O último Adeus.

"O papel branco descreve tal fato.
Num momento de loucura, enfartei-me de veneno de rato.
Sou passado, sou só, serei o adeus.

Lembro de meus amigos, da minha família, de meus amores,
de minhas paixões, dos meus possíveis amores, do horrores,
de quase tudo.

Vou para longe, para o nada, para o esquecimento.
Serei enclausurado num chão com cimento. Serei sufocado,
guardado, apagado.

Serei corroído, as vezes relembrado, mas nunca mais visto.

Visto esse papel com palavras de adeus, de até logo,
de não volto mais.

Lhes deixo minhas lembranças, minhas memórias,
meus poemas, meu adeus.

Visto meu manto de frieza e com destreza me apago,
me introspecto num sono sem fim.

Adeus, Jer.

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