11.5.10

nem sei denovo.

"Exprimo meus pensamentos odiosos por palavras francas,
retorno e contorno cada sílaba pelas ancas,
ouço o som de cada fonema como se fossem metrancas,
estalidos secos e diretos sobre meu ouvido.

Perco o sentido ao ouvir tais sons,
me acho no meio do meu sono.
Sonho com sons mudos,
vejo a imagem sobre meu rosto,
mas não escuto sequer um som.

O que era bom,
tornou-se ruim,
e o que era ruim,
tornou-se pior ainda.

Movido por um pânico caótico,
corri até um pórtico para encontrar-te só.
Sozinha a minha espera,
disse que ela não só era, como foi minha querida amada.

Sorriu de relance e correu para longe,
sentou-se num café para sorver um vinho,
sentei-me numa mesa ao seu lado sozinho.

Queria ter o prazer de beijá-la.
Queria ter o dom de afogá-la com meus beijos.
Queria ter ela só para mim sem amantes ou desejos."

jer.

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