15.4.10

revolta

"A revolta me leva a fúria,
pernúria de felicidade,
enraivecido por tal intranquilidade,
revoltado com tudo e todos.

Quero cortar as árvores,
jogar pedras nos passaros,
metralhar pessoas,
cuspir em crianças,
queimar o que resta de belo, de novo.

Quero explodir monumentos históricos,
quero matar padres e políticos.
Quero tornar esta cidade num circo.
Quero que isto se torne o inferno.

Não desejo encontrar a felicidade,
não pretendo ser feliz,
não me importo com o que os outros pensam.
Sou eu, só eu, eu.

Quero pegar cada espécie de animal em extinção,
levá-los para uma mansão e envenená-los.
Vê-los todos mortos pela última vez,
ver cada um ali deitado, parado, podre.

Quero chegar em cada rio, cada lagoa, cada estuário,
enche-los de pilhas, de baterias,
para que sua água seja poluída,
que nunca mais possam bebê-la.
Que morram de sede.

Quero que tu acabe,
quero que não sobre mais nada,
quero o nada, destruo tudo,
para ter o nada."

jer.

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