7.11.12

Sexo biológico

"O sexo biológico nada mais é que duas massas de carne, digo mucosas, que provocam arrepios e sussurros ao pé do ouvido.Grunhidos surgem no ato...são cheios de ar...ares de apaixonado, envaidecido pela amada.
O sexo biológico nada mais é que dois primatas de polegares opositores se roçando, fervendo em hormônios...que pulsam no cérebro e se dissipam para o sistema nervoso periférico...vasos capilares...
O sexo biológico nada mais é que sexo. Mas cheio de baboseira biológica."


jer.

22.8.11

...20/08

"palavras de ódio não resolverão minha raiva.
que paira sobre a tua lembrança,
herança de belos dias e noites lindas.
Ardentes memórias.

Histórias que foram contidas.
Histórias que nem existiram.
Histórias que nem existirão.

e aos beijos que podia ter tido,
os abraços que poderia ter recebido,
entregue-os para outrem.
para aqueles que ainda virão...tornar-se-ão teus...
e quem sabe um dia...escreverão uma poesia.
com palavras de ódio, que não resolvem a raiva.
mas acalmam os nervos."
jer.

8.8.11

sem nombre

"o que me torna louco,
é estar rouco; sonolento.
é sentimento que transcende.
Descende de um corpo,
que ontem foi meu,
por minutos, que duraram anos
nos meus dedos,
cabelos lisos que roçaram entre células,
enroscaram-se as pernas
e beijos doces.
Avermelharam-se as faces. Sedentas por sentir.
Ouvir palavras de amor.
Sem nenhum pudor."
jer.

26.7.11

Que negra é essa?

"Sozinho sorveu seu vinho e, despiu-a.
Perua de uma família rica,
sedenta de ouro e pedras.
Rochas metálicas que nunca se acabam.
Desabam pernas e vestidos ao receber anéis.
Papéis não são páreos para isso.
É o compromisso pelo ouro.
Dourado como a pele Dela.
Ela era negra, rica e rude.

Um grude."

jer.

28.6.11

o preço da paixão.

"quem dera ter aquela nega comigo,
dar chamego todo dia.
Trata-la como uma dondoca,
cheio de beijos e carícias.

Mulata do corpo nu,
solto e sempre quente.
Que gemia baixinho por vergonha,
mesmo fazendo loucuras.

Seduzia-me com um só olhar,
Eu avistava o seu e pronto.
Me enredava entre suas pernas,
não fugia por amor,
para tê-la comigo sempre.
Não queria estar longe dela nem por instantes.

O universo conspirava a favor dela,
quando longe o tempo parava,
estagnava sem tempo de correr.

e o relógio voava ao seu lado,
milhares de horas em apenas segundos,
a intensidade da paixão era tanta que um dia pensei em amarrá-la.
Prendê-la para ter só pra mim.
Deixá-la como um troféu vivo,
dando minha paixão como troca.

Ela nunca gostou da ideia até tal dia.
Aprisionei em um quarto,
que sequer tinha janelas,
dei alguns livros.
alguns filmes,
e cerrei-a entre 4 paredes.

Depois de duas semanas fui vê-la,
sorver seu desejo por atenção,
distribuir minha paixão insana.

Ela não estava mais lá.
Havia um bilhete pequeno, escrito com sangue:
"Se um dia te amei, foi por pena."

Busquei seu olhar por toda cidade.
Cada bar, cada hotel, tudo.
Encontrei-a numa lavanderia,
dois anos depois.
Disse que agora a vida ia me dar o troco.

O troco veio, porém errado.
Contei e recontei diversas vezes.
Até que me dei conta.
A paixão é muito cara e seu valor, muitas vezes, é bem barato."

jer.

13.6.11

acqua vita.

"digam me poetas de quantas amadas se faz uma vida,
de quanto sofrer se faz a tristeza,
de quantos beijos se faz o amor.

- Ei velho Vínicius...me diz se essa garota de ipanema era loira ou morena?
- Me explica por que para ser feliz...é necessário abraços e carinhos sem ter fim.

E acabou-se o negócio de você viver sem mim."

jer.

adiós.

"que os ventos te tragam lembranças,
memórias de um passado recente,
que não volta e nem sente. só se vê. como uma foto,
um vídeo ou um poema.
esse é o dilema da vida. a partida."
jer.