14.5.10

Não sei o que dizer

* Nascida aos pés nus,
subiu ao céu azul,
ferida por um fato popular,
crescida num cotidiano secular.

Feria o ar seus olhos,
azuis de um azul cheio,
esbugalhados e vazios,
perdeu-os em meio ao meio.

Chorou lindas lágrimas brancas,
salgadas de saudade,
descia em suas "ancas faciais",
herdada de um belo amante.

Molhou seus pés,
ao sopé de uma cachoeira,
primeiro deu um grito de revés,
primeira quebra de seu amor.

Seu fervor amado,
armado por sentimentos metálicos,
munia com enfado,
mexia-os como se fossem fálicos.

Perdida em sua primeira transa,
mansa de sal e suor.*

jer.

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